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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Benjamin Keach

Postado por: O Criador & Criatura

BIOGRAFIA CRISTÃ : Benjamin Keach (1640-1704) foi Alfaiate, Pastor Batista reformado e Teólogo.

 "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.". (1ª Coríntios 13:13, VRA, SBB).


Benjamin Keach.
(1640-1704)
Benjamin Keach nasceu no dia 29 de fevereiro de 1640. Seus pais, John e Feodora Keach eram protestantes de fé anglicana. Quando era jovem aprendeu o oficio de alfaiataria. Recebeu muita influência e impacto pela pregação de um evangelista independente, o pastor anglicano calvinista Matthew Mead. Foi batizado por João Russell (pastor batista arminiano e general militar) quando tinha 15 anos de idade, alcançando as convicções batistas através do estudo pessoal da Bíblia. Com 18 anos de idade começou a realizar diversas pregações sempre movidas por despertamento espiritual. Conhecia a doutrina arminiana, mas fixou suas convicções no doutrina calvinista. Suas origens são humildes e não foi educado em escolas teológicas, mas é reconhecido como um dos melhores ministros-teólogos batistas de sua época.
Foi ordenado ministro na Congregação Batista Geral de Winslow e posteriormente, no ano de 1668, iniciou os seus trabalhos pastorais em Horsleydown, uma paróquia no bairro londrino de Southwark, em Londres na Inglaterra, ao sul do rio Tamisa. Permaneceu exercendo seus serviços pastorais em Horsleydown (1668-1704) fielmente durante 36 anos num edifício que foi ampliado várias vezes para comportar o número de ouvintes.
Charles Haddon Spurgeon.
(1834-1892)
Quando Benjamin Keach difundia seu ministério no Korsleydown não imaginaria que no futuro, depois de ser chamado de New Park Street transformar-se-ia no Metropolitan Tabernacle (Tabernáculo Metropolitano), cenário das maravilhosas pregações de Charles Spurgeon para públicos que alcançavam 10.000 pessoas no ano de 1861.
Dwight Lyman Moody.
(1837-1899)
No Tabernáculo Metropolitano muitas pessoas foram influenciadas para incendiar o mundo com a Palavra de Deus. Uma dessas pessoas foi Dwight Lyman Moody. Quando Moody visitou o Metropolitan Tabernacle ficou comovido e impactado com a ministração de Charles Spurgeon naquele lugar. Enquanto D.L. Moody considerava em sua mente tudo aquilo que tinha presenciado, Henrique Varley disse: "Moody, o mundo ainda não viu o que Deus pode fazer com um homem completamente consagrado a ele". "Mais tarde, Moody comentou que a observação de Varley e a pregação de Charles H. Spurgeon concentraram-se em algo que nunca havia imaginado: 'Não era Spurgeon quem realizava aquela obra; era Deus. Se Deus era capaz de usar Spurgeon, poderia usar-me também!".

Benjamin Keach.
(1640-1704)
Em 1660, Benjamin casou com Jane Keach Grove, de Winslow do condado de Buckinghamshire no sul do Reino Unido. Dessa união matrimonial nasceram 5 filhos, mas somente 3 sobreviveram além da infância. Sua esposa faleceu em 1670. Seu filho Elias Keach fugiu para a América, para seu filho esse continente era uma colônia distante e desconhecida. Naquele ambiente longe da família e dos amigos, Elias Keach alcançou o novo nascimento em Cristo Jesus, respondendo ao encargo de pregador do evangelho salvífico, assim foi um grande semeador da Palavra de Deus nos Estados Unidos, plantando a semente da fé e colhendo muitos crentes de fé batista que viriam a constituir a Associação Batista Philadelphia.

Confissão de Fé Batista em Londres.
(1689)
Como representante da igreja que se reunia no local de reuniões Korsleydown, Bejanmin Keach compareceu na Assembleia Geral do ano de 1689 para fixar a Confissão de Fé Batista em Londres, inclusive, ele foi um dos sete homens que enviaram o convite aos irmãos para comparecerem na Assembleia Geral de 1689. No mesmo ano eles firmaram um pacto solene que refletia no âmbito prático e congregacional, algumas das doutrinas constantes na confissão.

A Confissão de Fé Batista de 1689 é uma Confissão de Fé Reformada com orientação Calvinista. Foi elaborada por Batistas Particulares que também são chamados de Batistas Calvinistas ou Batistas Reformados. São crentes batistas que enfatizam as doutrinas calvinistas e remontam aos Separatistas durante a era moderna na Inglaterra.

Henrique VIII da Inglaterra.
(1491-1547)
As reformas protestantes introduzidas pela Igreja Anglicana desde o reinado de Henrique VIII da Inglaterra eram consideradas por muitos insuficientes. Existiam desconfortos e insatisfações em vários segmentos, surgira um desejo latente para que a igreja experimentasse uma reforma mais profunda, expressando mais Vida, demonstrando uma doutrina, governo e liturgia mais puros. Foram nessas circunstâncias que surgiram os puritanos, que desejavam reformar a Igreja Anglicana sem provocar separações, sem iniciar um movimento independente. Contudo, através da vontade permissiva e soberana de Deus, além dos puritanos que expressaram muita Vida e riquezas espirituais, também foram levantados por Deus os separatistas que foram os antecessores de todos os movimentos independentes da Igreja Estatal. Os separatistas formavam comunidades cristãs para reunirem-se nos moldes bíblicos sem qualquer influência política ou estatal. Foram os separatistas que avançaram na restauração sobre a expressão Igreja. Eles viram que a Igreja não é institucional, nem estatal, dessa forma, foram os primeiros a reunirem com o conceito de que a Igreja é o resultado da união mística de Cristo (O Cabeça) com os crentes (O Corpo). Caso inexistisse esse conceito, mesmo que inconsciente no coração de muitos, nenhum deles teriam paz para promoverem reuniões em comunidades.

O movimento "Irmãos Unidos" originado no ano de 1825 que restaurou o conceito de igreja, colheu muitos frutos do movimento "Separatista" que foi o primeiro a apontar a realidade da igreja. Os "Separatistas" originaram o governo eclesiástico Congregacional  que valoriza a expressão da igreja local. Quando Watchman Nee desenvolveu o tema a "base da localidade" como a real demonstração da unidade dos cristãos em determinada cidade, resgatou tal ideia no movimento "Separatista" que já falava sobre a igreja local. É importante ressaltarmos que os conceitos são desenvolvidos e expandidos, no entanto, as raízes sobre a igreja local continuam sendo as mesmas.

Assembleia de Westminster.
(1646)
O movimento "Puritano" também elaborou sua expressão de fé através da Confissão de Fé de Westminster (1646) e da Declaração de Savoy (1658). A Confissão de Fé de Westminster é uma confissão de fé reformada sob orientação calvinista. Foi adotada posteriormente por muitas comunidades presbiterianas e reformadas em vários lugares do mundo. Essa confissão de fé foi produzida pela Assembleia de Westminster e aprovada pelo parlamento inglês no ano de 1643. Já a Declaração de Savoy sobre Fé e Ordem é uma confissão de fé redigida pelo segmento independente inglês. A Declaração recebe esse nome porque foi redigida durante uma conferência no Palácio de Savoy, em Londres. É resultado do trabalho de uma comissão composta por diversas pessoas que tinham pertencido à Assembleia de Westminster. A Declaração produziu ligeira modificação na Confissão de Fé de Westminster, sendo que as mudanças mais importantes são referentes ao governo e disciplina da igreja.

A Confissão de Fé Batista de 1689 foi laborada pelos Batistas Reformados objetivando confeccionar uma expressão formal de sua fé cristã sob perspectiva batista-calvinista.

A criação da Confissão de 1689 está associada ao início Batista na Inglaterra e aos diferentes posicionamentos dos "Batistas Gerais" e "Batistas Especiais". Com o advento do Arminianismo fundamentado sobre as ideias do teólogo reformado holandês Jacobus Arminius pregando o livre arbítrio, na mesma época, muitos crentes batistas aprovaram a postura arminiana de que a salvação cristã é baseada em obras. Simplificadamente, hoje os arminianistas valorizam as obras cristãs, no entanto, reconhecem que a Vida Eterna é resultado da obra de Jesus Cristo.

Esquerda: John Calvin (João Calvino), 1509-1564.
Direita: Jacobus Arminius (Jacó Armínio), 1560-1609.
Para compreender melhor o Arminianismo é necessário possuir compreensão das seguintes alternativas teológicas: Pelagianismo, Semipelagianismo e Calvinismo. O Arminianismo, como qualquer outro sistema de crença maior, é frequentemente mal compreendido pelos críticos e mal assimilado pelos adeptos.

John Wesley (1703-1791), fundador do movimento metodista, [leia o arquivo "John Wesley" de Setembro de 2012] abraçou a Teologia Arminiana e se tornou o seu maior defensor. Hoje, a maioria dos metodistas permanecem comprometidos com o Arminianismo, inclusive, a Teologia Arminiana é o sistema teológico dominante nos Estados Unidos, devido a forte influência dos líderes John Wesley e Charles Wesley.

Os irmãos Wesley foram os que mais advogaram a causa dos ensinos da soteriologia arminiana. John Wesley concordou com a vasta maioria daquilo que o próprio Jacobus Arminius defendeu, mantendo as doutrinas sobre o pecado original, depravação total, eleição condicional, graça preveniente, expiação ilimitada e possibilidade de apostasia. No entanto, é importante ressaltar que John Wesley afastou-se do Arminianismo Clássico e desenvolveu o Arminianismo Wesleyano. Wesley nunca ensinou que a salvação para a Vida Eterna é resultado da perfeição, mas preferiu dizer que: "Santidade Perfeita é aceitável a Deus e somente através de Jesus Cristo.".

Confissão de Fé Batista em Londres.
(1689)
Depois que muitos crentes batistas aceitaram o posicionamento arminianista, passaram a ser chamados de "Batistas Gerais" ou "Batistas Comuns" considerando a sua crença em uma expiação geral para todos os homens, sem exceção. Entretanto, muitos batistas rejeitaram o ensinamento arminianista e afirmaram que a salvação cristã é um dom de Deus conformado à sua escolha e soberania (Graça ou Misericórdia). Esses crentes foram chamados de "Batistas Especiais", porque acreditavam que a obra e a morte de Jesus Cristo é limitada para aqueles que Deus escolheu antes da fundação do mundo (Efésios 1:4, NVI - "Porque Deus nos escolheu Nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença."), os "Batistas Especiais" também são chamados de "Batistas Particulares", "Batistas Calvinistas" ou "Batistas Reformados" que possuem a mesma ideia.

A afirmação dos batistas que apenas os fiéis adultos poderiam ser batizados, considerando que o batismo é a expressão da experiência de salvação que já aconteceu no interior do espírito humano mediante a aceitação e união com Deus em Cristo Jesus através do Espírito Santo, confrontou o conceito existente na Igreja Estatal da Inglaterra, bem como defrontou as ideias teológicas dos presbiterianos e congregacionais que apoiavam o batismo infantil. Os "Batistas Reformados" discordam em alguns pontos da teologia calvinista, por exemplo, o batismo infantil. Para os calvinistas segundo a teologia do pacto, pressupõem que os filhos de cristãos são salvos com toda a certeza baseados na predestinação, por isso devem ser batizados na infância, já os "Batistas Reformados" não levam isso em consideração. O batismo por aspersão não é aceito, considerando que o batismo por submersão é um ponto inegociável da tradição batista. Calvino considerava o Estado como algo espiritual e controlado por Deus, enquanto os batistas são indiferentes em relação ao Estado. Os Batistas tem uma visão "puritana" da reunião do culto, considerando apenas o que a Bíblia ensina sobre a reunião da igreja, já os outros segmentos reformados como os Anglicanos e Presbiterianos geralmente utilizam padrões litúrgicos históricos. Por causa desses motivos, algumas alas reformadas que são fiéis a doutrina desenvolvida por Calvino, questionam se os chamados "Batistas Reformados"  são realmente reformados. Entretanto, os "Batistas Reformados" afirmam serem claramente e genuinamente reformados, declarando que são adeptos do Pacto da Graça feito apenas para eleitos.

O batismo é interpretado como um sinal da ministração decorrente da Nova Aliança realizada com os regenerados que receberam a lei escrita em seus corações (Jeremias 31:33), o perdão dos pecados e a salvação em Cristo Jesus. Os "Batistas Reformados", segundo a interpretação bíblica, creem que o batismo é a expressão pública daquilo que sucedeu no interior, ou seja, Deus Pai em Cristo Jesus através do Espírito Santo estabelece morada no espírito humano do crente - 1 Coríntios 6:17, NIV "Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele." -  e essa realidade é expressada através de uma demonstração pública, a saber, o batismo.
Benjamin Keach.
(1640-1704)

Benjamin Keach é um dos responsáveis por esses aperfeiçoamentos e interpretações bíblicas, inclusive, foi um bom escritor na sua época, concluindo aproximadamente 45 obras, dentre as quais a mais conhecida é "Parábolas e Metáforas da Escritura". Também é reconhecido como o responsável pela introdução do hábito de cantar hinos nas reuniões batistas, considerando que até aquele momento sustentavam o uso apenas de salmos métricos.

Exemplo de prisão existente na época.


No ano de 1664 foi confinado e torturado por ministrar pregações com posicionamento diverso da igreja estatal. Posteriormente foi perseguido, porque o seu livro "The Child's Instructor" (O Instrutor de Crianças), que foi escrito objetivando a instrução de crianças na leitura, escrita e aritmética, também trazia aplicações das doutrinas batistas. Os seus opositores influenciados pela política e pela religião aplicaram várias ridicularizações aos seus escritos, bem como o julgaram e lavraram uma expressiva multa para ele, um simples pregador batista.

Pelourinho.
Foi condenado a duas semanas de prisão, com dois períodos diários de 2 horas no pelourinho. Foram dias terríveis, pois ele ficava durante aquelas horas com o corpo exausto - qualquer um de nós que ficarmos parados durante 1 hora no mesmo lugar sem nenhum movimento, sentiremos exaustão - Benjamin ficava 4 horas no pelourinho durante o dia, preso e recebendo os maiores escárnios.

Ilustração de exposição e tortura no Pelourinho.
Benjamin Keach usou o seu tempo preso no pelourinho para pregar o evangelho aos transeuntes e à multidão que sempre dirigia palavras de ridicularização.

O historiador, Dr. Michael AG Haykin, professor de História da Igreja e Espiritualidade Bíblica, e diretor do The Andrew Fuller Center for Baptist Studies do Southern Baptist Theological Seminary, disse sobre Benjamin Keach: "o seu ministério foi caracterizado por um evangelismo vigoroso, chamava regularmente os não convertidos para responderem ao Cristo glorioso e à fé salvífica.".

Geoff Thomas, pastor batista da Alfred Place, em Aberystwyth, escrevendo para Banner of Truth  - Biblical Christianity Through Literature, cita o seguinte apelo de uma pregação de Benjamin Keach: "Recebam o Salvador, acreditem Nele e vocês serão salvos. Quem vocês são? Não são as grandezas de seus pecados que dificultarão as vossas almas de alcançarem a salvação em Jesus Cristo. Ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como a escarlata, ou vermelhos como o carmesim, Ele vai lavar as vossas vidas e vocês ficarão como lã branca e mais alvos que a neve.".

Sob essas pregações evangelísticas a comunidade cresceu muito, inclusive, o local de reuniões Horsleydown precisou ser expandido diversas vezes, alcançando acomodações para mais de 1.000 pessoas. Debaixo da liderança do pastor Benjamin Keach, os crentes batistas foram muito ativos na pregação do evangelho, surgindo muitas outras comunidades batistas no sul da Inglaterra.

Benjamin Keach sempre enfatizou que a obediência de Jesus Cristo a Deus é creditada na conta de cada crente. Escreveu várias obras sobre a justificação: "A Medula da Justificação" (1692); "A Aliança Eterna" (1693); "Uma Mina de Ouro Aberta - A Glória do Deus Rico e a Graça exibida" (1694); "A Escada de Jacó - O Caminho para o Céu" (1698); "A exibição da Graça Gloriosa" (1698); dentre outras.

Para Keach, um pecador vem para a posição correta diante de Deus independentemente de quaisquer atitudes boas que o pecador possa demonstrar a Deus. Pelo contrário, Cristo cumpriu a obediência que Deus requer através de sua obediência ativa [o cumprimento perfeito da Lei de Deus] e em sua obediência passiva [morte de cruz], toda essa obediência de Jesus Cristo é creditada ao pecador regenerado.

Benjamin Keach sempre ensinou que o pastor precisa dedicar tempo ao estudo e aconselhamento espiritual, sempre buscou viver a Vida da Igreja conforme os padrões bíblicos.

Richard Baxter.
(1615-1691)
O historiador Michael A. Mullett, professor de História na Universidade de Lancaster, Inglaterra, comentou sobre Benjamin Keach: "foi um teólogo batista líder de sua época, semelhante em importância para o seu movimento como Richard Baxter era para os presbiterianos ingleses, John Owen (1616-1683) para os congregacionalistas e Barclay Robert (1648-1690) para o movimento Quakers.

Antes de falecer no verão de 1704, Keach solicitou ao seu amigo e ministro Batista do Sétimo Dia Joseph Stennett (1663-1713), que pregasse no seu velório uma porção de 2ª Timóteo 1:12, VRA - "e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em Quem tenho crido e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu tesouro até aquele Dia.". A atitude de Benjamin Keach foi maravilhosa, porque ele sempre publicou textos teológicos combatendo a necessidade de guardar o Sábado na Nova Aliança, entretanto, nunca permitiu que suas visões e interpretações bíblicas afastassem os seus irmãos em Cristo que tinham percepções diferentes. Keach sempre destacou que o centro do evangelho é Cristo e não as interpretações bíblicas.


FONTE:

Livro: Moody - uma biografia.
414 páginas.
Autor: John Pollock.
Editora: Vida. (Brasil).
Série: Acadêmica.

Church History.

The Reformed Reader.

Keach's Meeting House.

Wikipédia, a enciclopédia livre.

Textos diversos.

sábado, 17 de novembro de 2012

John Wesley

Postado por: O Criador & Criatura

John Wesley, (1703-1791) foi um clérigo e teólogo cristão britânico, líder precursor do movimento metodista. Foi um dos maiores avivalistas da Grã-Bretanha.

Leia o arquivo referente ao movimento "Metodista": Martha Watts.

Leia também o arquivo: Madame Guyon.

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.". (1ª Coríntios 13:13, VRA, SBB).
John Wesley
John Wesley.
(1703-1791)






"Em todas as épocas, a vida dos grandes homens de Deus sempre despertou a atenção de muitos cristãos. As ideias e ações desses gigantes da fé cristã serviram e continuam servindo de incentivo e motivação para a caminhada da igreja em alguns momentos da história.".

"A vida dos grandes homens sempre foi do maior interesse para  todos os que desejam participar ativamente do desenvolvimento da humanidade. Se as ideias e os princípios são o que determinam a conduta dos seres humanos e o caráter geral das sociedades, esta concepção em determinadas pessoas facilita a compreensão e grande influência exerce nos indivíduos de maior valor na coletividade. Comenta-se, com justiça, que o homem é um imitador, especialmente nos primeiros anos de vida. Essa verdade é muito valiosa quando se considera que poucos conseguem afastar-se dos caminhos por onde passam centenas de pessoas! Para o melhor aproveitamento dessa inclinação natural, nada seria tão apropriado quanto o estudo cuidadoso daquelas personagens, que mais influenciaram nos movimentos para o progresso da humanidade e estabeleceram a mais profunda impressão nos dias de sua existência.
O testemunho dos grandes homens confirma esta declaração. A obra As Vidas Paralelas, de Plutarco, deixou marcas indeléveis no mundo intelectual de sua época, mais do que qualquer outra escrita por um único homem. As personagens bíblicas sempre foram uma alavanca poderosa para conduzir muitos seres humanos a uma altura que nunca alcançariam de outra forma. A maior utilidade da História consiste em inspirar a geração presente com os fatos heroicos de todos aqueles que contribuíram, de modo certo e eficaz, para o progresso da humanidade. João Wesley não somente se destacou por ser o fundador de uma igreja evangélica bem sólida e de grande vulto nos tempos modernos, como também por ter dado um belíssimo exemplo do valor que possui uma juventude consagrada ao estudo e à preparação para a vida; do valor cultural e do amor à pesquisa e ao conhecimento; do valor de se aplicarem métodos às várias atividades humanas, e de quanto se pode realizar mediante a persistência, o esforço e a abnegação. Há, porém, algo mais na brilhante carreira desse homem: consagrou a vida à salvação dos pobres, dos incultos e dos que viviam escravizados pelo vício. Nem por isso deixou de alcançar a classe mais privilegiada, a dos intelectuais, e os grupos de maior destaque na sociedade. A obra maravilhosa que esse insigne reformador levou a efeito é o suficiente para inspirar em muitas pessoas o grande ideal de viver para servir ao próximo.". (Andrés Osuna).


Revolução Inglesa
Ilustração da Revolução Inglesa.
AGITAÇÕES POLÍTICAS
"As agitações políticas do século XVII tiveram, portanto, dois grandes resultados, cada um mais deplorável do que o outro:
  • Manter a Igreja Anglicana em situação de total dependência do Estado impediu-a de conquistar a força religiosa que lhe faltava desde o princípio;
  • Transformar o puritanismo em partido político quase "secou" toda a seiva espiritual que tinha sido tão abundante no seu início. Triste resultado das revoluções, que parecem não conseguir a liberdade de um povo sem, contudo, corromper sua fé e seus bons costumes!".
Revolução
Ilustração de Revolução.





"A revolução de 1688, tão grande nos seus resultados políticos, parecia improdutiva, durante muito tempo, do ponto de vista moral. A reforma religiosa, que faltava, só se tornou real muito tempo depois, e neste intervalo surgiu um recrudescimento espantoso da desmoralização. Certo escritor moderno disse - Nunca surgiu na Inglaterra cristã um século de tanta falta de fé como aquele que se iniciou com o reinado de Ana e alcançou seu tenebroso apogeu no governo de Jorge II. Os puritanos já estavam enterrados, e os metodistas ainda não tinham nascido. O fastio e o tédio da sociedade pareciam o que se pode ver em um libertino após uma noite de orgia. O reinado na chocarrice havia passado, se é que tinha começado o da fé e o do céu.".


Aristocracia Inglesa
Exemplo de Castelo da Aristocracia.
CONTEXTO MORAL





"A aristocracia de Londres estava tão corrompida como aquela apresentada por Versailles, apesar da dissolução inglesa acrescentar a brutalidade, ao passo que lhe faltava o brilho da elegância que caracterizava a sociedade francesa em meio às suas desordens.".
Taberna
Ilustração de homens nas tabernas.





Era comum "ver um homem que se tinha embriagado em companhia dos amigos, ou passado a noite em orgias, fazer alarde das suas aventuras no dia seguinte, na presença de senhoras às quais professavam grande respeito.".

"As classes populares da Inglaterra no século XVIII eram ignorantes, grosseiras e desordenadas. Tinham herdado as agitações políticas do século anterior e havia uma tendência muito elevada aos alvoroços.".

Durante alguns alvoroços, tonéis de gim eram arrebentados e formavam verdadeiros "riachos" nas ruas. "Mulheres e crianças aproximavam-se para beber, e isso com tanto desejo em não poucos casos, que pagaram com suas próprias vidas. Alguns daqueles ébrios ficaram furiosos, outros caíram desacordados no chão, morrendo queimados pelas chamas ou esmagados debaixo das paredes das casas incendiadas.".
Taberna
Ilustração de taberna.







"O vício de embriaguez era notório no meio da classe popular. "Meio século depois de ter sido introduzido o gim, os ingleses consumiam mais de 30 milhões de litros por anos. Nos cartazes à entrada das tabernas, as pessoas eram convidadas a entrar e embebedar-se por duas moedas e a beber até cair no chão por quatro moedas; e recebiam gratuitamente a palha para dormirem. Os vendedores de gim costumavam levar ao sótão os que ficavam embriagados, sem possibilidade de caminhar, para dormirem até passar a crise do álcool. Não se podia andar pelas ruas de Londres sem se encontrar com seres abjetos, inertes e desacordados no chão; só a caridade dos transeuntes os salvava de morrer afogados na lama ou esmagados pelas rodas das carruagens.".
Livro Profano
Exemplo de livro profano.





"Aqueles lares não possuíam a mínima semelhança com a vida familiar que se conhece hoje em dia na Inglaterra, pois não havia naquelas casas mais religião do que um culto sem vida, nem outros passatempos senão a leitura de romances de moral duvidosa e dramas licenciosos. Embora a literatura de determinada época reflita fielmente os costumes da época, as peças teatrais de Wycherly, de Congreve e até mesmo do próprio Dryden, lançaram uma luz tenebrosa sobre as gerações que as aplaudiam. Esses escritores apresentavam no palco costumes grosseiros, personagens viciadas e, ainda, detalhes obscenos, sem o menor escrúpulo ou vergonha. Esse pudor que hoje caracteriza o povo inglês ainda não tinha vindo à tona.".
John Wesley
Ilustração sobre John Wesley.





"Assim, pois, era o povo, degradado até ao embrutecimento, no caso das classes populares, e corrompido até ao cinismo, no meio das classes intelectuais, que o metodismo se propôs reformar. Parece que a nação tinha chegado a tal extremo de depravação que só lhes sobrava a alternativa entre perecer ou nascer para uma vida nova. O estado moral que acabamos de descrever justifica, além de tirar toda dúvida, a asseveração de um escritor anglicano - Isaac Taylor - de que a Inglaterra havia caído em um paganismo completo, quando Wesley apareceu.".
Voltaire
François Marie Arouet (Voltaire).
(1694-1778)





"Vê-se claramente que o estado moral e religioso da Inglaterra naquela época exigia outra reforma. Certos homens perspicazes pressentiam a aproximação desta. Voltaire era de opinião diferente, e expressou-a nestas palavras: 'Na Inglaterra, estão tão cansados da religião que, caso se apresentasse uma nova, ou até mesmo uma antiga, renovada, fracassaria por completo'.".

Voltaire foi escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês. Suas ideias influenciaram pensadores importantes da Revolução Francesa e Americana.

Enquanto Voltaire viajava pela Inglaterra anunciando a ruína do cristianismo e profetizando sua total perda de autoridade, certos estudantes piedosos, entre os quais se achava Wesley, organizavam em Oxford uma pequena sociedade, destinada a ser o berço de um avivamento cristão.

Os dois homens que influenciariam seus contemporâneos, mais do que em qualquer outro período da humanidade, andavam no mesmo período pela Inglaterra, mas ao presenciarem a nação corroída pela incredulidade e pelo materialismo, chegaram a soluções diametralmente opostas entre si. Voltaire entendia que a licenciosidade mental fosse uma liberdade invejável, propondo introduzir na França os princípios e os métodos da incredulidade inglesa; John Wesley, pelo contrário, profundamente comovido ao ver os males que afligiam a sua pátria, assumiu o compromisso de trabalhar para reformá-la com as doutrinas do evangelho salvífico de Jesus Cristo.
Família Wesley
Família Wesley: Pai, mãe, John e Charles Wesley.


FAMÍLIA WESLEY

John Wesley era o 15º dos 19 filhos do casal Samuel e Susannah Wesley.

"A princípio um cristão comum, sem grandes qualidades, Wesley teve que passar por algumas experiências antes de alcançar a verdadeira salvação em Cristo Jesus. Após nascer de novo, sua vida mudou radicalmente. Seu ministério foi usado por Deus para abalar a Inglaterra e países vizinhos com um avivamento espiritual nunca visto antes desde o período do Pentecoste, em Jerusalém.".

Ele quase não escapou ao incêndio de sua casa em 1709. A partir desta experiência, ele geralmente se referia a si mesmo como um "tição arrancado do fogo", conforme o livro de Zacarias 3:2, NVI - "O anjo do SENHOR disse a Satanás: O O SENHOR o repreenda, Satanás! O SENHOR que escolheu Jerusalém o repreenda! Este homem não parece um tição tirado do fogo?".

Em 1720, John Wesley ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Oxford. Depois de ajudar por dois anos o seu pai na pequena paróquia perto de Epworth, Wesley tornou-se o líder do "Clube Santo", no qual o seu irmão Charles Wesley (1707-1788) já fazia parte. Os membros deste grupo foram apelidados de Metodistas pelos estudantes, por causa do seu estudo bíblico metódico, seus hábitos de oração e suas iniciativas frequentes de ação social nas prisões e entre os pobres.


INFLUÊNCIAS E OBRAS

No período de 1735-1737, Wesley serviu como capelão na colônia de Oglethorpe, na Geórgia, porém sua liturgia cerimonialista, seu rigor para com os membros, sua ingenuidade e candura no trato com as mulheres criaram-lhe algumas dificuldades no ministério, obrigando-o a voltar para casa em 1737. No dia 24 de maio de 1738, enquanto ouvia a leitura do prefácio ao Comentário de Romanos, de Martinho Lutero, John Wesley sentiu seu coração estranhamente "aquecido" e reconheceu a Cristo como único capaz de salvá-lo de seu pecado. Seu irmão Charles passou por uma experiência semelhante dois dias antes.
Conde Zinzendorf
Conde Zinzendorf.
(1700-1760)






Os ensinos de John Wycliffe (1328-1384) tinham influenciado John Huss (1369-1415), o fundador dos Irmãos Boêmios, a partir do qual emergiria a Igreja Morávia liderada pelo Conde Zinzendorf, que exerceria influência marcante sobre a vida espiritual de John Wesley.

As palavras de Spangenberg na Geórgia, os esforços de Peter Bohler e a coragem dos morávios demonstrada numa tempestade no mar no caminho da Geórgia exerceram grande influência em sua conversão; Wesley fez questão de ir a Hernnhut para estudar e aprender com a Igreja Morávia e com o seu líder Conde Zinzendorf.

George Whitefield
George Whitefield.
(1714-1770)
Em 1739, George Whitefield convidou John Wesley para participar de uma pregação ao ar livre em Bristol. Dessa forma, começou para Wesley a carreira de pregador ao ar livre. No final de sua vida já tinha percorrido a cavalo a distância de 321.868,8 Km, o equivalente a aproximadamente 8 voltas no planeta Terra (a circunferência do planeta Terra é de 40.023 Km). Wesley viajou pela Inglaterra, Escócia e Irlanda, pregando cerca de 42 mil sermões e escreveu cerca de 200 livros.

Os belos hinos que Charles Wesley compôs, forneceram grande ajuda aos cultos. Charles, durante sua vida, escreveu mais de seis mil hinos.
John Wesley
Ilustração sobre pregação de John Wesley.






John Wesley não quis romper com a Igreja Anglicana e, por isso, reuniu os convertidos em comunidades semelhantes ao "collegia pietatis" que é uma expressão latina que descreve os grupos religiosos paralelos à igreja reformada ou protestante européia. Eram destinados a promover a leitura, a comunhão e o debate sobre a Bíblia. Quem fomentou o início da formação destes grupos foi o teólogo alemão Philipp Jakob Spener (1635-1705). As sociedades de Wesley eram subdivididas em grupos e depois em classes de 12 pessoas dirigidas por um líder leigo. Somente depois da morte de John Wesley, os metodistas da Inglaterra organizaram-se numa Igreja Metodista separada da Igreja Anglicana. A influência anglicana na Igreja Metodista permaneceu com a administração episcopal e a prática da genuflexão (ficar de joelhos) para receber a Ceia na barra do altar.
John Wesley
Ilustração de pregação de John Wesley.







"João Wesley é um desses gigantes da fé. Sua vida exemplar e sua frutífera obra têm ajudado muitos a entender o que Deus é capaz de fazer com um crente totalmente consagrado à causa do reino dos céus.".

Para Wesley, o evangelho deveria influenciar a sociedade, e ninguém pode negar o impacto do reavivamento metodista sobre a sociedade inglesa. Jonh se opôs ao álcool, a guerra e a escravidão. Há algumas razões para acreditar que a Inglaterra passaria por uma revolta de trabalhadores semelhante à ocorrida na França se eles não se convertessem ao Senhor Jesus Cristo. A maioria dos futuros líderes operários aprenderam a falar em público nas classes da sociedade de Wesley, eles eram os pregadores leigos. A venda de bebidas cessou, em parte devido à influência do reavivamento. John Wesley advogou a abolição da escravatura e mantinha vínculos de amizade com os primeiros abolicionistas. Seu interesse pela medicina humanitária amadora levou-o a criar em 1746 o primeiro dispensário médico gratuito da Inglaterra. Ele também influenciou grandemente o fundador do movimento de escolas bíblicas, Robert Raikes (1736-1811) um filantropo inglês e leigo anglicano, bem como influenciou o líder da reforma penitenciária John Howard.

"Todos os historiadores concordam que, embora o século XVIII fosse para a Europa continental uma época de dissolução, para a Inglaterra, pelo contrário, foi o momento de uma benéfica mudança, que regenerou a vida de uma nação e iniciou uma era inteiramente nova. Com efeito, embora por toda parte se sentisse a influência destrutiva do ceticismo, esse grande povo, em sua ilha solitária, construía gradualmente o sólido edifício da fé e da moral.".

"Em sentido geral, as classes inferiores exerceram, maravilhosamente, grande influência nas mais elevadas. O nível moral da nação elevou-se de tal modo, que necessariamente se impôs na própria aristocracia, livrando-a da corrupção. Dada a influência dessas classes humildes (incluindo-se entre elas a classe média), que tão rapidamente melhoraram de condição, estado e dignidade, era indispensável que as classes privilegiadas progredissem na mesma proporção, sob pena de abdicar as suas posições.".
John Wesley
Ilustração de pregação de John Wesley.




John Wesley pregou e escreveu durante seus últimos anos de vida, apesar das crescentes enfermidades de sua velhice. Ainda se levantava no seu horário habitual - 4 horas da manhã - para praticar sua devoção diária.

Embora contasse com 87 anos de idade, considerava a frequente atividade de pregações, não um trabalho cansativo, mas um excelente exercício.

Wesley apesar de sua idade, conseguia pregar três vezes aos domingos com o grande sucesso de sempre. Sua pregação caracterizava-se por uma grande força que dominava os corações e por uma unção que os comovia. A pregação do evangelho não era para satisfazer a coceira dos ouvintes (comum nos nossos dias), conforme o livro de 2 Timóteo 4:3, VRA - "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos".

"Durante os últimos meses de 1790, ainda pregava continuamente em Londres e em seus arredores, apesar de seu crescente esgotamento. Depois dos cultos públicos, reunia as sociedades e dirigia-lhes seus últimos conselhos, exortando seus membros "a se amarem como irmãos, temerem a Deus e honrarem o rei", cantando depois com elas o seu hino predileto: Quem dera que sem mais um gemido / Eu receba as palavras de boas-vindas; / E entregue meu corpo e meu fardo / E deixe o trabalho e a vida!".

"No domingo pela manhã (27 de fevereiro), parecia muito bem; levantou-se e tomou uma xícara de chá. Sentou-se em sua poltrona e, com aspecto alegre, repetiu a última parte da estrofe que aparece nos Hinos Bíblicos de seu irmão Carlos:

Não Te esqueças de mim, quando minhas forças se esgotarem
Até que deixe alegre este corpo,
Atende ao Teu servo, Senhor!".
"Na terça-feira de manhã aproximou-se a cena final. O sr. Bradford, seu fiel amigo, orou com ele, e a última palavra que o ouviu articular foi: 'Adeus'. Alguns minutos antes das 10 horas, enquanto vários de seus amigos encontravam-se ajoelhados ao redor da cama, sem pronunciar uma só queixa, esse homem de Deus, esse pastor amado por milhares, entrou no gozo de seu Senhor.". Tal evento sucedeu no dia 2 de março de 1791, aos 89 anos de vida.
"Na véspera do culto fúnebre, o corpo ficou exposto à entrada da capela em City Road, e calcula-se que mais de 10.000 pessoas estiveram presentes".
"Em seu testamento, Wesley legou às sociedades metodistas todos os seus direitos resultantes da venda de seus livros, excetuando-se uma pensão vitalícia equivalente a 2.000 dólares que deixou à viúva de seu irmão Carlos. Seus manuscritos foram entregues aos executores do testamento, nele mencionados, os quais eram: dr. Coke, dr. Whitehead e Henrique Moore.".
John Wesley
Ilustração de John Wesley.


SUAS PALAVRAS:

"Como você não tem a garantia de um só dia de vida, será pouco prudente desperdiçar um só momento. Parece-me que o caminho mais certo para se chegar à sabedoria é o seguinte: primeiro: definir qual é o alvo que você se propõe a alcançar; segundo: não ler nenhum livro que não contribua de um ou outro modo a esse fim; terceiro: entre os livros, escolher os melhores; quarto: terminar o estudo de uma obra antes de empreender outro; e, quinto: ler de uma maneira tão ordenada que a leitura de hoje sirva para esclarecer e corroborar a de ontem".

"Sou agora um velho decaído dos pés à cabeça. Meus olhos estão anuviados; a mão direita treme muito; sinto a boca quente e seca todas as manhãs; sinto uma febre lenta quase todos os dias; meus movimentos são débeis e lentos. No entanto, bendito seja Deus, não diminuo meus trabalhos. Ainda posso pregar e escrever". 01/01/1790.

"Senhor, não me deixes viver até chegar a ser inútil".

George Whitefield foi o profeta, John Wesley o organizador e Charles Wesley o compositor do reavivamento metodista.


Billy Graham
Billy Graham.
TESTEMUNHO SOBRE BILLY GRAHAM

James Edwion Orr (1912-1987), professor da Faculdade Wheaton, levou alguns de seus alunos numa rápida viagem para a Inglaterra, em 1940. Eles visitaram a antiga reitoria de Epworth, onde residia a família de John Wesley, famoso teólogo anglicano.

"Ao lado da cama de John Wesley vê-se dois pequenos círculos onde o tapete está bem desgastado, marcas que seus joelhos deixaram após tanto orar pela renovação espiritual da Inglaterra".

"Ao embarcar no ônibus para deixar o local, o professor notou que faltava um aluno. Voltou, subiu as escadas e encontrou o aluno ajoelhado sobre as marcas, orando: 'Faz de novo, Senhor! Faz de novo!'. O professor pôs a mão sobre o ombro do rapaz e disse: 'Vamos, Billy, temos que ir embora'".


FONTE:
Livro: João Wesley - Sua vida e obra.
373 páginas.
Autor: Mateo Lelièvre.
Editora: Vida. (Brasil).

Livro: O Cristianismo através dos Séculos.
508 páginas.
Autor: Earle E. Cairns.
Editora: Vida Nova. (Brasil).

Livro: Billy Graham - O Evangelista do Século.
802 páginas.
Editora: Hagnos. (Brasil).

DVD: Billy Graham - O Embaixador de Deus.
COMEV. (Brasil).

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