BIOGRAFIA CRISTÃ : Thomas Cranmer (1489-1556) foi Reformador e Arcebispo de Cantuária (1533-1556) no transcorrer dos reinados de Henrique VIII e Eduardo VI.
"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.". (1ª Coríntios 13:13, VRA, SBB).
Thomas Cranmer. (1489-1556) |
Thomas Cranmer nasceu em 1489, em Aslockton, próximo da cidade de Nottingham, capital do condado de Nottinghamshire da Inglaterra, no Reino Unido. Seus pais eram socialmente humildes e suas condições financeiras permitiram apenas educar o filho mais velho, assim preteriram o filho Thomas. Desde cedo, Thomas Cranmer e seu irmão mais novo foram iniciados nos serviços religiosos.
Posteriormente, Thomas motivado por uma praga na cidade de Cambridge, sede do condado de Cambridgeshire, na Inglaterra, alterou sua residência para o condado de Essex, na Inglaterra, localizado no sudeste do Reino Unido.
Quando estava morando no condado de Essex, atraiu a atenção do Rei Henrique VIII da Inglaterra. O Rei e seus conselheiros identificaram Thomas Cranmer como um excelente advogado para advogar a causa matrimonial de Henrique VIII com Catarina de Aragão, bem como para exercer a função de pesquisador.
As pesquisas e o trabalho de Thomas Cranmer com o seu amigo John Foxe geraram precedente legal e histórico, permitindo ao Rei tecer uma tese acadêmica que rompesse com Roma.
John Foxe. (1517-1587) |
Thomas Cranmer foi enviado para a embaixada inglesa de Roma no ano de 1530. Durante o ano de 1532, ele foi constituído embaixador do Imperador Carlos V do Sacro Império Romano Germânico.
Cranmer "lia os autores antigos sem desprezar os novos; durante todo esse ínterim, analisava e comparava as opiniões de vários autores. Era um leitor lento mas um observador sério. Nunca abordava um autor sem ter à mão pena e tinta, embora não usasse a memória menos que a pena. Sempre que surgia alguma controvérsia, recolhia os pareceres de todos os autores de forma resumida e anotava seus diversos questionamentos em cadernos preparados para esse fim; ou então, se o texto era longo demais para transcrevê-lo, anotava os dados da obra com o número da página para com isso ajudar a memória.".
"Grandemente beneficiou-se o novo arcebispo de sua velha coleção de notas, que ele utilizou em seu estudo".
"Às cinco da manhã já estava debruçado sobre seus livros e assim continuava estudando e orando até as nove horas.". "Geralmente estudava de pé, poucas vezes se sentava.".
"Não passava nenhuma hora do dia em vão; todas eram empregadas em cuidar da glória de Deus, servir o príncipe ou promover o bem da Igreja. Esse bom emprego do tempo proporcionava-lhe a alegria de ouvir bons comentários de todos, atestando que ele era irrepreensível em suas conversas, como convém a um ministro de Deus.".
Ilustração de Julgamento na Inquisição. |
Maria Tudor, que reinou de 1553 a 1558, era filha do casal Henrique VIII e Catarina de Aragão. O reinado de Maria ocorreu concomitantemente ao período do desenvolvimento da Contra-Reforma na Igreja Romana no velho continente. Alguns chamam o evento de Contra-Reforma inglesa.
Maria, católica romana de coração, assessorada pelo Cardeal Reginald Pole, forçou o Parlamento a restaurar as práticas religiosas católicas na Inglaterra. O Parlamento concordou nas medidas necessárias, menos na restauração das terras tomadas da Igreja Romana durante o reinado de Henrique VIII. Maria se casou com Filipe II da Espanha, em 1554, mas o casamento foi impopular na Inglaterra. Filipe jamais correspondeu ao amor de Maria Tudor.
"O Parlamento dos Tudors representava o povo, mas atendia mais ao rei do que ao povo; os Tudors governavam como ditadores, dissimulando o punho de ferro com uma luva de pelica.".
Ilustração de Perseguição na Contra-Reforma. |
Ilustração de Execução. |
Morte de Thomas Cranmer. |
"Escrevi aquilo por medo da morte e, se fosse possível, para salvar a minha vida. Estou falando de todos aqueles bilhetes e textos que escrevi ou assinei de meu próprio punho desde a minha degradação. Ali escrevi muitas coisas falsas. E pelo fato de que minha mão direita pecou ao escrever contra o meu coração, ela será a primeira a chegar ao fogo, a primeira a ser queimada". Thomas Cranmer.
Quando Thomas Cranmer enfatizou que escreveu muitas coisas falsas, estava referindo-se à sua retratação, quando perante a opressão religiosa cedeu por temor da própria vida. Não devemos acusar Cranmer, certamente muitos de nós teríamos a mesma reação, afinal sua vida estava em jogo e a fogueira era o destino.
"Chegando ao local onde os santos bispos e mártires de Deus, Hugo Latimer e Nicholas Ridley, haviam sido queimados antes dele, [Thomas Cranmer] ajoelhou-se e orou a Deus.".
"Então os frades espanhóis, João e Ricardo, começaram a exortá-lo e a desempenhar de novo seu papel, mas em vão perderam seu tempo. Cranmer, determinado a manter-se firme em sua profissão de doutrina, estendeu a mão a alguns anciãos e a outros circunstantes, despedindo-se deles.".
"Em seguida Cranmer foi amarrado com uma corrente de ferro. Quando ficou claro que sua firmeza não permitiria que ele fosse demovido de suas palavras, mandaram que lhe ateassem fogo. Quando a lenha foi acesa e o fogo começou a queimar perto dele, estendendo o braço, pôs a mão direita no meio das chamas e ali a segurou firme, imóvel (exceto quando a recolheu para passá-la sobre o rosto). Ele queria que todos pudessem ver a mão queimada antes que seu corpo fosse tocado pelas chamas. (...). Tinha os olhos erguidos para o céu e foi repetindo as palavras "sua indigna mão direita" enquanto a voz lhe permitiu. Pronunciando algumas vezes as palavras de Estevão, "Senhor Jesus, recebe o meu espírito", no ardor das chamas entregou a sua alma.".
Thomas Cranmer. (1489-1556) |
Nesta pequena referência da vida de Thomas Cranmer somos convidados para revermos os alicerces da nossa fé, a forte convicção dentro do nosso espírito humano, o vigor da nossa mente no seio da nossa alma.
Prezados leitores, os senhores são desafiados para expressarem a vossa fé, demonstrarem o calor do Espírito Santo no vosso espírito humano, e principalmente constituírem as vossas mentes com os exemplos dos servos e das servas de nosso Senhor Jesus Cristo.
FONTE:
Livro: O Livro dos Mártires.
354 páginas.
354 páginas.
Autor: John Foxe, (1517-1587).
Editora: Mundo Cristão. (Brasil).
Livro: O Cristianismo através dos séculos.
508 páginas.
Autor: Earle E. Cairns.
Editora: Vida Nova. (Brasil).
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Livro: O Cristianismo através dos séculos.
508 páginas.
Autor: Earle E. Cairns.
Editora: Vida Nova. (Brasil).
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gostei da iniciativa do irmão em divulgar as biografias de importantes servos durante a História da Igreja.
ResponderExcluirSe for possível, peço encarecidamente a citação do Blog: MORGADO, UM CRISTÃO! nas suas postagens que foram copiadas do meu Blog, considerando que os arquivos são resultados de intensas pesquisas em sites e livros. Obrigado! Graça e Paz! Abraços!